Exame toxicológico poderá se tornar obrigatório para a primeira CNH nas categorias A e B – Jornal Contábil

O Congresso Nacional aprovou um novo PL, o Projeto de Lei 3965/21, onde também será obrigatório o exame toxicológico para a primeira habilitação nas categorias A e B.

O que muda com o PL 3965/21

Atualmente, o exame toxicológico só é exigido para motoristas profissionais das categorias C, D e E, como caminhoneiros, motoristas de ônibus e outros. Com a aprovação do PL, o teste passará a ser obrigatório para todos que desejam tirar a primeira habilitação nas categorias A e B.
Se sancionada, a exigência valerá antes da emissão da CNH provisória. O exame deverá ocorrer em clínicas credenciadas ao Detran, iguais às que já aplicam os testes toxicológicos atuais para motoristas profissionais.

Como funciona o exame?

O exame toxicológico detecta o uso contínuo de substâncias psicoativas nos últimos 90 dias, a partir da coleta de:

As principais drogas identificadas incluem:

  • Maconha (variados de THC)
  • Anfetaminas e metanfetaminas
  • Cocaína
  • Opioides (morfina, codeína)

O resultado é confidencial. Caso o teste dê positivo, ele não poderá concluir o processo de retirada da CNH, mas poderá refazer o exame após um período. Não há penalidade criminal ou administrativa prevista na lei.

Outras mudanças previstas no PL

CNH Social financiada através de multas
O projeto de lei propõe que recursos de multas de trânsito sejam utilizados para o financiamento da CNH Social, programa que visa oferecer a primeira habilitação gratuita para pessoas de baixa renda. Para ter acesso ao benefício, o interessado deve estar inscrito no CadÚnico.

Digitalização na transferência de veículos
O projeto também reconhece a validade nacional dos contratos digitais de compra e venda de veículos. Assim, todos os Detrans do Brasil irão aceitar a transferência de veículo de forma 100% eletrônica.



Autor: Carlos Eduardo


Faço parte da equipe de redação e publisher do Jornal Contábil, ajudando na produção e publicação de matérias e notícias para manter os leitores bem informados sobre concursos, legislação e temas do dia a dia.


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Expansão do PCC em Portugal: Estratégias de Infiltração e Implicações para a Segurança e Economia – Jornal Contábil

A presença de elementos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) em Portugal precede o período pandêmico, com uma intensificação da sua rede de atuação a partir de 2021. Caracterizados por um elevado grau de organização e profissionalismo, o tráfico de entorpecentes constitui a sua principal fonte de receita.

A estratégia inicial frequentemente envolve a aquisição de empresas legalmente constituídas, estabelecendo progressivamente uma infraestrutura para a lavagem de capitais. A investigação destas atividades tem revelado um padrão preocupante de ameaças dirigidas não apenas aos investigadores, mas também aos seus familiares.

Consolidação da Presença e Expansão da Rede

Os primeiros integrantes do PCC terão ingressado em território português antes da crise do Covid, expandindo a sua rede a partir de 2021. Foram estabelecidos contatos com grupos criminosos nacionais, particularmente no âmbito do tráfico de drogas, culminando num controle gradual de áreas urbanas vulneráveis.

A aquisição de empresas legais representou o ponto de partida para a construção de uma extensa rede empresarial. A lavagem de capitais emerge como uma necessidade premente no contexto do tráfico de drogas, área na qual o PCC demonstra expertise. A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) tem sido frequentemente chamada a colaborar com investigações judiciais, conduzindo também inquéritos próprios. Nuno Barroso, presidente da APIT, expressou à CNN Portugal a sua ausência de surpresa face a esta realidade, descrevendo o grupo como uma “multinacional” que adquire negócios legítimos para camuflar as suas atividades ilícitas.

[💡 Ponto Crítico: A aquisição de entidades empresariais lícitas configura uma tática central do PCC para a ocultação de proventos ilícitos e a operacionalização da lavagem de capitais.]

Operações da Polícia Judiciária e a Exposição da Atividade Criminosa

Duas operações de grande envergadura conduzidas pela Polícia Judiciária (PJ) trouxeram ao conhecimento público uma situação já identificada pelas autoridades. Uma delas desmantelou um esquema de corrupção em importantes portos marítimos nacionais, envolvendo funcionários alfandegários que facilitavam o trânsito de substâncias ilícitas a mando do PCC. A outra resultou na detenção, no Montijo, de Gabriel Martinez Souza, cidadão brasileiro de 38 anos com uma posição hierárquica elevada na estrutura do PCC no Brasil, atuando como um emissário de alto nível da organização criminosa em Portugal. Em entrevista à CNN Portugal, Nuno Barroso confirmou relatos de ameaças dirigidas a inspetores da AT por membros do grupo, estendendo-se estas, de forma alarmante, às suas famílias.

[🤔 Para Refletir: De que forma a corrupção em setores estratégicos como os portos pode facilitar a atuação de organizações criminosas transnacionais?]

Portugal como Plataforma de Acesso

A presença do PCC em Portugal deixou de ser uma mera conjectura. Nuno Barroso aponta diversos fatores que contribuem para esta realidade, incluindo a relativa facilidade de deslocamento e estabelecimento de cidadãos brasileiros, e, em particular, o regime de vistos para os cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que proporciona uma abordagem mais acessível a Portugal em comparação com outros países da União Europeia. A afinidade linguística representa igualmente um fator facilitador.

A Estratégia da “Multinacional do Crime”

Ao ingressar num novo país, o PCC não inicia a sua atuação de forma ostensiva e violenta. A organização opera como uma “multinacional”, com estratégias bem definidas para a penetração nos mercados e a dissimulação das suas atividades.

[➡️ Fique Ligado: O PCC adota uma diversidade de táticas de entrada, que vão desde a colaboração com grupos criminosos locais até à aquisição de empresas.]

Inicialmente, são estabelecidas parcerias com grupos criminosos locais, predominantemente envolvidos no tráfico de drogas, que atuam como intermediários, facilitando o controle de áreas urbanas de maior vulnerabilidade.

Diversificação de Ativos e Ocultação Empresarial

A compra de empresas já estabelecidas ou em situação financeira delicada constitui outra tática empregada pelo PCC. A vantagem desta abordagem reside na existência de um histórico de relacionamento com as autoridades fiscais e de segurança social, bem como com clientes e fornecedores. A partir desta fachada de legalidade, o grupo não só procede à lavagem de capitais, como também utiliza estas empresas para a criação de novas entidades, formando uma complexa rede de relações comerciais aparentemente legítimas, mas que servem de centro para operações ilícitas.

Organização Estruturada e a Busca pela Invisibilidade

Ao estabelecer-se num novo território, o PCC evita a demonstração explícita de poder e a violência inicial, de modo a não despertar a atenção das forças de segurança. A estratégia consiste em construir uma imagem de empresários e empreendedores. Esta camuflagem de legitimidade permite a utilização destas empresas para atividades de importação e exportação, frequentemente associadas a fraude e evasão fiscal, para além da já mencionada lavagem de capitais e corrupção.

A própria Polícia Federal brasileira reconhece a estrutura do PCC como a de uma multinacional, com um conselho de administração e especialistas em áreas como finanças, transporte, importação e exportação.

Cronologia da Infiltração e Alerta às Autoridades

Embora a determinação precisa do momento em que o PCC iniciou as suas operações no mercado português seja complexa, a percepção, particularmente no âmbito fiscal, aponta para uma entrada anterior ao período pandêmico, com uma intensificação da rede a partir de 2021. Em 2022, foi emitido um alerta, no contexto do dia internacional contra a corrupção, sobre a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar a realidade do PCC, envolvendo não apenas a PJ, mas também a inspeção da AT, da Segurança Social e da Inspeção do Trabalho.

Atuação no Mercado e Expansão Geográfica

As recentes operações da PJ que culminaram na detenção de membros do PCC e na apreensão de substâncias ilícitas não foram inesperadas. As autoridades começam a discernir os métodos de atuação do grupo no mercado nacional. A presença do PCC não se limita a Lisboa, estendendo-se já pelo Norte de África, Espanha e Itália, utilizando Portugal como plataforma de acesso ao mercado europeu.

A Corrupção como Instrumento Facilitador

A facilidade com que o PCC cooptava indivíduos em pontos estratégicos como aeroportos e portos ilustra a sua metodologia operacional: a exploração de vulnerabilidades e o recrutamento de colaboradores. Nuno Barroso lamenta que a AT, apesar da sua capacidade técnica especializada, esteja cada vez mais focada na arrecadação tributária, em detrimento das atividades de inspeção e investigação criminal.

[💬 Sua Opinião Conta: Considera que a insuficiência de investimento na fiscalização contribui para a facilitação da atuação de organizações criminosas?]

Para Barroso, crimes como o branqueamento de capitais e a corrupção, intrinsecamente ligados ao tráfico de drogas, poderiam ser combatidos de forma mais eficaz com uma maior intervenção da AT nas vertentes fiscal e aduaneira.

Fluxo Financeiro Ilícito: Do Numerário às Criptomoedas

O PCC emprega uma variedade de métodos para a movimentação de fundos, abrangendo desde o dinheiro físico até às criptomoedas. A aparência inicial de legalidade facilita a lavagem de capitais, especialmente no contexto da proliferação de bancos online com regulamentação limitada e da complexidade do rastreamento de criptoativos e NFTs.

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Subinvestimento na Fiscalização: Um Desafio

Nuno Barroso salienta a carência de investimento na fiscalização e investigação no âmbito da AT. Dos mais de dez mil funcionários, apenas cerca de mil dedicam-se a atividades de inspeção e investigação criminal. Defende o direcionamento de um maior número de profissionais para o combate ao branqueamento de capitais e ao rastreamento de criptoativos.

Ameaças: Uma Realidade Oculta

À semelhança de outros países, registram-se em Portugal relatos de ameaças proferidas por membros do PCC contra aqueles que os investigam. Estas ameaças, frequentemente envolvendo informações sobre os familiares dos inspetores, criam um ambiente de intimidação. Barroso critica a ausência de um suplemento de risco para os inspetores da AT, que, ao contrário de outras forças de segurança, atuam frequentemente de forma isolada e utilizam os seus próprios veículos em serviço.

A Frieza Operacional

Embora Portugal não esteja habituado a lidar com grupos de extrema violência, o PCC demonstra uma frieza e uma violência acentuadas quando confrontado. Atualmente, não é a única organização com estas características a operar no país.

Outras Organizações Criminosas Atuantes

Para além do PCC, Portugal regista a presença de organizações criminosas provenientes da Europa Central e Oriental, com uma forte atuação em setores como o contrabando e a falsificação de tabaco, bem como fraudes fiscais de grande monta. Existem também grupos originários da América do Sul, e a sofisticação das suas operações, como nos casos de fraudes com criptomoedas, representa um desafio constante para as autoridades. Estes grupos operam por períodos limitados e, ao sentirem-se próximos da detenção, retiram-se, podendo regressar com novas táticas.

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Caixa libera dinheiro para os nascidos no mês de junho. Veja porquê! – Jornal Contábil

A partir desta segunda-feira (2), os nascidos neste mês de junho já podem receber o saque-aniversário, modalidade de saque do FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. O saque pode ser feito até o dia 29 de agosto. Com o saque-aniversário, você pode acessar uma parte do seu FGTS uma vez por ano, mesmo sem ter sido demitido – regra do saque de rescisão.

Os saques seguem a ordem do mês de nascimento do trabalhador, permitindo que quem nasceu em janeiro, por exemplo, já possa fazer a retirada.

Como funciona o saque-aniversário?

O saque-aniversário é uma alternativa ao saque-rescisão e possibilita ao trabalhador retirar parte do saldo de sua conta do FGTS no mês em que faz aniversário. No entanto, ao optar por essa modalidade, em caso de demissão, o trabalhador não terá direito ao valor total da conta, podendo sacar apenas a multa rescisória.

Na forma tradicional, o saque-rescisão, o trabalhador dispensado sem justa causa pode retirar o saldo integral do FGTS, incluindo a multa, se houver.

O saque-aniversário é liberado no primeiro dia útil do mês de nascimento do trabalhador e fica disponível por até 60 dias. 

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Como aderir ao saque-aniversário?

A adesão é voluntária e deve ocorrer por meio do site ou aplicativo do FGTS. Nesses canais, o trabalhador informa uma conta bancária para receber o valor. Caso o pedido ocorra durante o mês de aniversário, o depósito acontece em até cinco dias úteis, conforme a Caixa Econômica Federal.

Pelo aplicativo, também é possível solicitar o retorno ao modelo saque-rescisão, desde que não haja antecipação contratada. A alteração, porém, só passa a valer a partir do primeiro dia do 25º mês após o pedido de reversão.

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Como é o cálculo do valor do saque-aniversário?

O valor retirado segue uma tabela com alíquotas que variam entre 5% e 50% do total das contas vinculadas do FGTS. Além disso, adiciona-se uma parcela extra, conforme o valor do saldo disponível.

Veja a seguir quais são as faixas de alíquota e as parcelas adicionais de acordo com o saldo existente nas contas do FGTS.

  • Até R$ 500: 50%, sem parcela adicional
  • De R$ 500,01 até R$1.000,00: 40%, parcela adicional de R$ 50,00
  • De R$ 1.000,01 até R$ 5.000,00: 30%, parcela adicional de R$ 150,00
  • De R$ 5.000,01 até R$ 10.000,00: 20%, parcela adicional de R$ 650,00
  • De R$ 10.000,01 até R$15.000,00: 15%, parcela adicional de R$ 1.150,00
  • De R$ 15.000,01 até R$ 20.000,00: 10%, parcela adicional de R$ 1.900,00
  • Acima de R$ 20.000,01: 5%, parcela adicional de R$ 2.900,00

Calendário de 2025 do saque-aniversário 

  • Nascidos em janeiro: de 2 de janeiro de 2025 a 31 de março de 2025
  • Nascidos em fevereiro: de 3 de fevereiro de 2025 a 30 de abril de 2025
  • Nascidos em março: de 3 de março de 2025 a 30 de maio de 2025
  • Nascidos em abril: de 1º de abril de 2025 a 30 de junho de 2025
  • Nascidos em maio: de 2 de maio de 2025 a 31 de julho de 2025
  • Nascidos em junho: de 2 de junho de 2025 a 29 de agosto de 2025
  • Nascidos em julho: de 1º de julho de 2025 a 30 de setembro de 2025
  • Nascidos em agosto: de 1º de agosto de 2025 a 31 de outubro de 2025
  • Nascidos em setembro: de 1º de setembro de 2025 a 28 de novembro de 2025
  • Nascidos em outubro: de 1º de outubro de 2025 a 30 de dezembro de 2025
  • Nascidos em novembro: de 3 de novembro de 2025 a 30 de janeiro de 2026
  • Nascidos em dezembro: de 1º de dezembro de 2025 a 27 de fevereiro de 2026.

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Justiça Suspende Recuperação Judicial de Gigante do Agronegócio Diante de Fortes Indícios de Fraude – Jornal Contábil

A desembargadora Marilsen Andrade Addario, da Segunda Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), proferiu uma decisão relevante nesta quinta-feira (30). Ela concedeu uma liminar que suspende os efeitos do processamento da recuperação judicial do Grupo Safras. O grupo tem como gestores o ex-prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato, e o empresário Pedro de Moraes Filho.

Essa medida atende a um recurso dos credores, incluindo Celso Izidoro Vigolo e Agropecuária Locks Ltda. Eles contestaram a decisão da 4ª Vara Cível de Sinop, que havia autorizado a recuperação de empresas como Safras Agroindústria S/A e Safras Armazéns Gerais Ltda.

A decisão da desembargadora baseou-se em diversos pontos apresentados pelos credores e pelo Ministério Público. Esses elementos indicam sérias falhas na documentação do grupo. A relatora enfatizou que a liminar foi necessária diante de fortes indícios de uso fraudulento do pedido de recuperação. Isso inclui a ausência de documentos essenciais e demonstrações contábeis irregulares de um negócio de R$ 1,8 bilhão.

Irregularidades na Documentação Levantam Suspeitas

Entre os problemas identificados, destacam-se a falta de extratos bancários e a omissão de ações judiciais em curso. Houve também a apresentação de livros contábeis incompletos. Além disso, o grupo não comprovou sua real viabilidade econômico-financeira para justificar a recuperação. A decisão descreve o pedido como “lacunosamente embasado, com confissão expressa da incompletude documental, deturpação da interpretação do laudo pericial e existência de indícios robustos de fraude”. A magistrada observou que tais falhas comprometem a lisura do processo.

[💡 Ponto Crítico: A falta de documentos importantes e as inconsistências contábeis sugerem fortemente uma tentativa de fraude no pedido de recuperação.]

Suspeitas de Manobras de Má-Fé

Além das inconsistências nos documentos, a decisão também destacou a suspeita de operações fraudulentas e má-fé por parte do grupo. Foram identificados contratos ocultos e movimentações financeiras sem justificativa. Observou-se ainda uma confusão patrimonial entre os sócios e as empresas do grupo. Outro ponto foi a inclusão na recuperação de empresas sem atividade efetiva ou criadas recentemente.

De acordo com a decisão, essas práticas configuram tentativas de blindagem patrimonial indevida e manipulação do quórum de credores. Tais ações ferem os princípios da boa-fé e da transparência processual. A magistrada também citou a sobreposição de identidade entre alguns credores e os controladores do grupo. Adicionalmente, não houve comprovação da titularidade da planta industrial de Cuiabá. A desembargadora apontou a existência de mútuos intercompany não formalizados e repasses financeiros suspeitos.

[🤔 Para Refletir: A ausência de clareza e transparência em processos judiciais como este pode minar a confiança no sistema legal. Quais as implicações disso?]

Disputa pela Planta Industrial de Cuiabá

Outro ponto crucial para a suspensão da recuperação judicial foi a disputa pela posse da fábrica em Cuiabá. Esse imóvel é considerado essencial para a recuperação do grupo. No entanto, ele pertence à massa falida da Olvepar, representada pela Carbon Participações Ltda. Esta já havia obtido decisão favorável para a reintegração de posse do ativo. A decisão do TJMT reforçou que a Safras arrendou o imóvel de forma irregular, sem autorização judicial ou aprovação dos credores. A desembargadora destacou que a decisão sobre a posse do imóvel não cabe ao juízo da recuperação judicial. “Não cabe ao juízo recuperacional dispor sobre a posse do imóvel, que integra o acervo da massa falida e não guarda vínculo contratual ou creditício com o Grupo Safras”, afirmou a magistrada. Ela também ressaltou a inaplicabilidade do argumento da essencialidade do bem invocado pelos agravados.

[➡️ Fique Ligado: A batalha judicial pela posse da fábrica em Cuiabá adicionou uma camada de complexidade ao processo de recuperação.]

A relatora também mencionou que o Ministério Público apresentou informações graves sobre possíveis fraudes envolvendo o grupo. Isso inclui a ocultação de contratos, desvio de bens, apropriação indevida e sonegação de informações essenciais. A decisão cita que até a empresa responsável pela constatação prévia (AJ1) reconheceu a necessidade de aprofundar as investigações. A apuração inicial não permitiu descartar as suspeitas. “O deferimento do processamento da recuperação judicial exige a constatação de que os postulantes preenchem os requisitos legais previstos nos artigos 48 e 51 da Lei n. 11.101/2005. Contudo, nesta fase inicial, isso se revela duvidoso diante das fortes evidências levantadas”, registrou a magistrada.

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A decisão suspendeu a tramitação do pedido de recuperação judicial do Grupo Safras até nova deliberação. Além disso, determinou a instauração de incidentes processuais para investigar as acusações de fraude, apropriação indevida e blindagem patrimonial levantadas por credores e pelo Ministério Público. “A decisão agravada se revela um tanto quanto prematura”, concluiu a relatora. Ela sublinhou que as investigações devem prosseguir para proteger o sistema judicial e os direitos dos credores, enquanto se aguarda o desfecho do processo.

A Justiça também intimou as partes para apresentarem suas defesas e solicitou a manifestação do Ministério Público antes de uma decisão final.

Seção de Resumo/Pontos Centrais:

  • O TJMT suspendeu a recuperação judicial do Grupo Safras devido a fortes indícios de fraude.
  • A desembargadora Marilsen Andrade Addario apontou irregularidades na documentação e suspeitas de má-fé.
  • A disputa pela posse da fábrica em Cuiabá também influenciou a decisão.
  • A justiça determinou a investigação das alegações de fraude.
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Autor: Ricardo de Freitas


Ricardo de Freitas não é apenas o CEO e Jornalista do Portal Jornal Contábil, mas também possui uma sólida trajetória como principal executivo e consultor de grandes empresas de software no Brasil. Sua experiência no setor de tecnologia, adquirida até 2013, o proporcionou uma visão estratégica sobre as necessidades e desafios das empresas. Ainda em 2010, demonstrou sua expertise em comunicação e negócios ao lançar com sucesso o livro “A Revolução de Marketing para Empresas de Contabilidade”, uma obra que se tornou referência para o setor contábil em busca de novas abordagens de marketing e relacionamento com clientes. Sua liderança no Jornal Contábil, portanto, é enriquecida por uma compreensão multifacetada do mundo empresarial, unindo tecnologia, gestão e comunicação estratégica.


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Veja como funcionará o Pix Automático a partir do próximo dia 16 – Jornal Contábil

O Banco Central do Brasil (BC) se prepara para lançar oficialmente o Pix Automático, uma nova funcionalidade que promete revolucionar a forma como os brasileiros pagam suas contas recorrentes. 

O anúncio formal será feito em um evento em São Paulo no próximo dia 4 de junho, e a operação efetiva para o público começa em 16 de junho.

A novidade visa oferecer uma solução prática e segura para despesas como contas de energia, telefone, mensalidades de escolas e academias, e assinaturas, automatizando o débito sem a necessidade de confirmação a cada transação.

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Lançamento e funcionamento

O evento de lançamento contará com a presença de figuras importantes do BC, como o presidente Gabriel Galípolo, e diretores como Renato Gomes e Gilneu Vivan. 

Representantes da Zetta, parceira no evento, e de diversas empresas do setor financeiro também participarão, discutindo o impacto e o uso do Pix Automático em diferentes negócios. A programação inclui demonstrações e uma coletiva de imprensa.

No Pix Automático, a empresa credora inicia o processo enviando uma solicitação de autorização ao cliente. O pagador, por sua vez, tem total controle: pode definir limites, regras para os pagamentos e, a qualquer momento, cancelar ou editar a autorização. 

As instituições financeiras realizam o agendamento, notificam o cliente previamente e efetuam o débito conforme a autorização concedida.

Para as empresas, a funcionalidade é uma alternativa estratégica ao débito automático tradicional, eliminando a burocracia de convênios bancários específicos e facilitando a adesão, inclusive para pequenos negócios.

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Benefícios e segurança 

O Banco Central destaca que as principais vantagens do Pix Automático são a praticidade, a segurança e a inclusão financeira. Para pessoas físicas, o serviço será gratuito, enquanto as empresas poderão ser tarifadas de acordo com a política de suas instituições financeiras.

A expectativa é que a novidade contribua significativamente para a redução da inadimplência ao automatizar pagamentos, além de ampliar o acesso a serviços financeiros, beneficiando empresas de todos os portes, governos e consumidores. As empresas terão acesso a uma base de mais de 160 milhões de usuários já cadastrados no Pix, o que pode reduzir custos operacionais e diversificar as opções de pagamento, especialmente para clientes que não usam cartões ou boletos.

Em termos de segurança, o BC garante que o Pix Automático manterá os mesmos padrões rigorosos do sistema tradicional, com criptografia, autenticação e rastreabilidade das transações. 

Em caso de problemas, os usuários poderão acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED) por meio de seus bancos. A fase de testes, iniciada em fevereiro, encerra-se em 6 de junho, garantindo a interoperabilidade e a robustez dos sistemas envolvidos.

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PIS/Pasep 2025: quem pode receber e qual data será liberado em junho – Jornal Contábil

O abono salarial PIS/Pasep, benefício anual de até um salário mínimo, terá uma nova rodada de pagamentos a partir de 16 de junho. 

Desta vez, o valor será liberado para os trabalhadores da iniciativa privada (PIS) e servidores públicos (Pasep) nascidos nos meses de julho e agosto, referente ao ano-base 2023. Os beneficiários terão até 29 de dezembro de 2025 para sacar o dinheiro.

Saiba todos os detalhes a seguir.

Quem tem direito ao Abono Salarial?

Para ser elegível ao benefício, o trabalhador deve atender aos seguintes critérios:

  • Estar cadastrado no programa PIS/Pasep ou no CNIS (data do primeiro emprego) há pelo menos cinco anos.
  • Ter trabalhado para empregadores que contribuem para o PIS (iniciativa privada) ou para o Pasep (servidores públicos).
  • Ter recebido até 2 salários-mínimos médios (no valor em vigor no ano-base) de remuneração mensal no período trabalhado.
  • Ter exercido atividade remunerada por, no mínimo, 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base da apuração (2023).
  • Ter os dados informados corretamente pelo empregador (pessoa jurídica ou governo) na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) ou no eSocial do ano-base considerado (2023).

Leia também:

Calendário de pagamentos do PIS/Pasep 2025

Assim como em 2024, o calendário de pagamento de 2025 é um só, com PIS e Pasep sendo liberados de acordo com o mês de nascimento do beneficiário. Em 2025, o Ministério do Trabalho estima que serão disponibilizados R$ 30,7 bilhões para cerca de 25,8 milhões de trabalhadores.

Para consultar o banco de recebimento, a data e os valores, inclusive de anos anteriores, os trabalhadores podem utilizar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou o portal gov.br.

Confira o calendário completo:

Nascido em Recebem a partir de
Janeiro 17 de fevereiro
Fevereiro 17 de março
Março 15 de abril
Abril 15 de abril
Maio 15 de maio
Junho 15 de maio
Julho 16 de junho
Agosto 16 de junho
Setembro 15 de julho
Outubro 15 de julho
Novembro 15 de agosto
Dezembro 15 de agosto

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Como consultar seu benefício

Para verificar se você tem direito e a data de recebimento do abono salarial, siga o passo a passo pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital:

  1. Certifique-se de que o aplicativo esteja atualizado.
  2. Acesse o sistema com seu número de CPF e a senha utilizada no portal gov.br.
  3. Toque em “Benefícios” e, em seguida, em “Abono Salarial”.
  4. A tela seguinte informará se o trabalhador está ou não habilitado para receber o benefício.

Trabalhadores do setor privado também podem consultar a situação do benefício e a data de pagamento nos aplicativos Caixa Trabalhador e Caixa Tem.

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Autor: Ana Luzia Rodrigues


Formada em jornalismo há mais de 30 anos, já passou por diversas redações dos jornais do interior onde ocupou cargos como repórter e editora-chefe. Também já foi assessora de imprensa da Câmara Municipal de Teresópolis. Atuante no Jornal Contábil desde 2021.


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Bolsa Família de junho: veja quando iniciam os pagamentos e quem pode receber – Jornal Contábil

O calendário do Bolsa Família é dividido em ciclos mensais, que envolvem desde a checagem das informações até o pagamento das parcelas. Para junho de 2025, o governo já definiu um cronograma que facilita o acesso aos benefícios e traz novidades para quem participa do programa. Ao todo, cerca de 20,4 milhões de famílias receberão o benefício neste mês.

O valor mínimo corresponde a R$ 600. Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. 

O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.

Como funciona a consulta?

A consulta é bem simples e pode ser feita pelo celular mesmo. Os beneficiários poderão verificar se têm direito à nova parcela do benefício através dos aplicativos oficiais, como o Bolsa Família e o Caixa Tem. Para isso, será necessário informar o CPF.

  Além disso, a Central 121 do MDS também estará disponível para esclarecimentos, assim como o CadÚnico, que pode ser acessado pelo telefone 0800 707 2003. 

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Calendário de pagamentos de maio Bolsa Família

Os pagamentos da parcela de maio ocorrem, conforme o final do seu NIS (Número de Identificação Social). Confira abaixo a tabela para saber exatamente quando o seu benefício estará disponível:

Veja abaixo o calendário completo:

  • NIS final 1: 16 de junho
  • NIS final 2: 17 de junho
  • NIS final 3: 18 de junho
  • NIS final 4: 20 de junho
  • NIS final 5: 23 de junho
  • NIS final 6: 24 de junho
  • NIS final 7: 25 de junho
  • NIS final 8: 26 de junho
  • NIS final 9: 27 de junho
  • NIS final 0: 30 de junho

Valores do benefício

Mesmo com um orçamento reduzido, o governo decidiu manter os valores do Bolsa Família para 2025.  Veja como são divididos:

  • R$ 600 de parcela base
  • R$ 150 por criança de até 6 anos
  • R$ 50 por dependente entre 7 e 18 anos, gestantes e bebês em fase de amamentação

Em maio, o valor médio recebido pelas famílias foi de R$ 668,73, beneficiando mais de 20 milhões de lares em todo o país. Um investimento que ultrapassou R$ 13,7 bilhões.

Leia também:

Dúvidas e contatos

Se você ficar com dúvidas, dá para entrar em contato com o Ministério da Cidadania pelo telefone 121, disponível de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.



Autor: Ana Luzia Rodrigues


Formada em jornalismo há mais de 30 anos, já passou por diversas redações dos jornais do interior onde ocupou cargos como repórter e editora-chefe. Também já foi assessora de imprensa da Câmara Municipal de Teresópolis. Atuante no Jornal Contábil desde 2021.


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Tendências e inovações no uso do cartão alimentação: personalização, integração com apps e educação alimentar – Jornal Contábil

O cartão alimentação, tradicionalmente visto como um benefício de subsistência, está passando por uma transformação significativa: impulsionado pela tecnologia e por uma visão mais ampla de bem-estar no ambiente corporativo, o benefício evolui para se tornar uma ferramenta estratégica de engajamento, educação alimentar e valorização do colaborador.

Para os profissionais de Recursos Humanos, isso representa uma oportunidade — e também uma responsabilidade — de liderar a curadoria de experiências mais personalizadas, conectadas e relevantes.

A era da personalização: mais do que um saldo mensal

Uma das principais tendências no uso do cartão alimentação é a personalização. Se antes o benefício era padronizado e limitado ao valor mensal depositado, hoje ele pode ser adaptado ao perfil, às necessidades e até aos hábitos de consumo dos colaboradores. 

Empresas fornecedoras de benefícios já oferecem soluções com dashboards analíticos que ajudam o RH a entender o comportamento alimentar das equipes e, com isso, propor ações mais direcionadas.

Além disso, os próprios cartões estão sendo reconfigurados para oferecer experiências diferenciadas. Programas de fidelidade e cashback, por exemplo, tornam o uso mais atrativo e aumentam o poder de compra dos colaboradores. Para o RH, é uma forma de gerar valor percebido sem necessariamente aumentar os custos com o benefício.

A integração entre cartões alimentação e aplicativos de bem-estar é outra inovação que vem ganhando força. Muitos dos apps associados permitem que o colaborador acompanhe sua alimentação diária, registre refeições, defina metas nutricionais e receba recomendações baseadas em seu perfil. Essa conexão favorece uma abordagem mais holística do bem-estar, onde alimentação saudável, saúde mental e prática de atividades físicas convergem.

A gamificação entra como um mecanismo de incentivo. Programas que recompensam colaboradores por escolhas saudáveis — como comprar frutas e verduras ou evitar alimentos ultraprocessados — têm sido adotados em empresas preocupadas com o bem-estar e a produtividade de suas equipes. Os pontos acumulados podem ser convertidos em prêmios ou descontos em estabelecimentos parceiros, criando um ciclo virtuoso de engajamento.

Educação alimentar como diferencial competitivo

Em um contexto em que a alimentação impacta diretamente a disposição, o foco e a saúde dos profissionais, o RH passa a ter um papel estratégico na educação alimentar dos colaboradores. Muitas soluções de benefícios agora oferecem acesso a conteúdos educativos, como vídeos, artigos e dicas de nutricionistas, dentro dos próprios aplicativos dos cartões.

O acesso a esse tipo de conteúdo pode ser segmentado conforme o perfil do usuário, tornando a experiência ainda mais personalizada. Por exemplo, um colaborador com hipertensão pode receber orientações específicas para controlar o sódio na dieta, enquanto outro que pratica esportes pode ter acesso a sugestões de lanches energéticos e saudáveis.

Essa abordagem educativa não apenas melhora a qualidade de vida dos colaboradores, como também reduz indicadores de absenteísmo e sinistralidade nos planos de saúde, e é mais uma frente de atuação em que o RH pode demonstrar impacto direto nos indicadores de saúde organizacional.

O papel do RH como curador da experiência

Diante desse cenário, o papel do RH deixa de ser apenas operacional — responsável por contratar e gerir fornecedores — e passa a ser também o de curador da experiência do colaborador com o benefício. E isso exige olhar para os benefícios corporativos, incluindo o cartão alimentação, não como um fim em si, mas como parte de uma jornada maior de bem-estar e pertencimento.

A escolha de fornecedores que oferecem funcionalidades inovadoras, a definição de políticas que incentivem o uso consciente do benefício e a comunicação interna sobre o propósito da alimentação saudável são iniciativas que podem transformar a percepção do benefício e, por consequência, a relação do colaborador com a empresa.

Olhando para o futuro: dados e ESG

E por último, mas não menos importante, vale destacar que o uso inteligente dos dados gerados por essas plataformas de benefícios pode ajudar o RH a construir diagnósticos precisos sobre hábitos de consumo alimentar e identificar padrões que demandam atenção. 

Além disso, iniciativas como incentivo ao consumo local, redução de desperdício e apoio a pequenos produtores também ganham espaço, alinhando o uso do benefício às pautas de ESG (ambiental, social e governança) cada vez mais presentes nas agendas corporativas.

O cartão alimentação já não é apenas uma obrigação legal ou um atrativo de pacote de benefícios: ele se tornou uma ferramenta estratégica que, quando bem utilizada, promove saúde, engajamento e propósito. A tecnologia é a grande habilitadora dessa transformação, mas é o olhar atento do RH — como parceiro de negócio e promotor do bem-estar — que garante que essas inovações realmente façam sentido na jornada do colaborador.

Com presença em mais de 31 países, a Pluxee é uma das maiores empresas de benefícios corporativos do mundo, com foco em criar oportunidades e permitir que empresas de todos os tamanhos e setores cuidem bem de seus colaboradores.

Os serviços abrangem benefícios como vale-refeição, vale-alimentação, vale-transporte, plano de saúde e muito mais, garantindo que os seus colaboradores tenham sempre experiências transformadoras, que influenciam diretamente na produtividade e na felicidade no trabalho. Além disso, os sistemas integrados e 100% digitais permitem um gerenciamento rápido, eficaz e muito prático de todos os benefícios. Acesse o site da Pluxee e descubra tudo que a empresa pode oferecer para o seu negócio.

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CVM alerta dificuldade para combater produtos e cassinos ilegais – Jornal Contábil

A diretora da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Marina Copola, soou o alarme durante o 5º Congresso Brasileiro de Internet, realizado em Brasília, ao comentar a explosão de oferta de produtos financeiros não regulados no Brasil. Segundo ela, o cenário atual representa um desafio enorme para os órgãos reguladores e coloca o consumidor em risco.

“Oferta de produtos não regulados sempre existiu, mas à medida que houve um aprofundamento das relações das pessoas com a internet, com as redes sociais, a possibilidade de se ofertar produtos não regulados, não registrados, explodiu”, declarou Copola.

Entre os produtos citados estão as plataformas de Forex e Contratos por Diferença (CFDs), além de cassinos e sites de apostas que operam fora da regulamentação no país. Copola foi enfática ao afirmar que os instrumentos legais atuais não têm sido eficazes para conter essa avalanche.

“A gente está, no que diz respeito a essa conduta em particular, enxugando gelo todos os dias”, afirmou a diretora, referindo-se à prática recorrente de plataformas ilegais que, ao serem bloqueadas, simplesmente surgem novamente com outra identidade digital.

A responsabilidade do consumidor

Para Marina Copola, o combate aos produtos não regulados exige uma abordagem multidisciplinar. “Essas atividades ilícitas raramente conseguem ser combatidas só com um tiro, a gente precisa unir forças”. Um passo importante é a conscientização dos consumidores, para que escolham sempre os produtos ou serviços financeiros regulamentados no país.

Ao optar por plataformas autorizadas, o usuário protege seus dados e seu patrimônio, além de fortalecer o mercado regulado. No caso de cassinos, o maior indício de ser confiável é a empresa contar com a licença do Ministério da Fazenda.

A urgência da questão é refletida nos dados de uma pesquisa da Playtech, divulgada pelo Estadão, que mostra que 55% dos apostadores brasileiros desconfiam dos sites de apostas. Outros 51% se preocupam com a segurança dos dados, e 74% acreditam que há manipulação em partidas esportivas.

Governo intensifica combate às plataformas ilegais

Diante da expansão do mercado ilegal, o governo federal tem adotado uma série de medidas. A Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), do Ministério da Fazenda, notificou 22 instituições financeiras e de pagamentos por realizarem transações com casas de apostas e cassinos online ilegais, o que pode acarretar multas de até R$ 2 bilhões.

Além disso, portarias recentes determinam que instituições reportem movimentações suspeitas em até 24 horas e proíbem manutenção de contas para empresas não autorizadas. Mais de 13 mil sites de apostas ilegais já foram bloqueados desde janeiro.

Paralelamente, o Ministério do Esporte aumentou a fiscalização de sites de apostas, visando assegurar a integridade, legalidade e a proteção de menores de idade. As novas regras incluem verificação da correspondência das marcas comerciais autorizadas e a proibição de apostas em modalidades não regulamentadas.

A ação conjunta entre os ministérios prevê ainda a criação de um Sistema Nacional de Apostas, com objetivo de centralizar dados e reforçar a supervisão do setor de apostas e cassinos online.

Financiamento da fiscalização

A operação de combate às bets e cassinos online ilegais é financiada por uma taxa paga mensalmente pelas empresas regularizadas. Segundo dados obtidos pelo Estadão via Lei de Acesso à Informação, o governo arrecadou R$ 7,1 milhões por mês apenas no primeiro trimestre de 2025, totalizando R$ 21,4 milhões .

Esses valores ajudam a custear a estrutura regulatória e a manutenção do sistema de fiscalização. Cada operadora autorizada ainda pagou R$ 30 milhões em outorga para atuar legalmente por cinco anos no país.

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Junho terá pagamento do Auxílio Gás. Confira as datas e valor! – Jornal Contábil

O auxílio gás de junho  será pago para 5,4 milhões de famílias em todo o Brasil, segundo informações oficiais do Ministério do Desenvolvimento Social. O valor liberado neste mês será de R$ 108 por família, depositado junto com o Bolsa Família. A data do pagamento varia conforme o número final do NIS.

A Caixa Econômica realiza os depósitos de forma escalonada, começando no dia 16 de junho para quem tem NIS final 1. O cronograma segue até o dia 30, encerrando com os beneficiários de NIS final 0. Esse modelo ajuda a evitar aglomerações e facilita o acesso ao dinheiro.

O valor do benefício é calculado com base na média nacional do preço do botijão de gás de 13 quilos, segundo dados da ANP. A cada dois meses, o governo atualiza o valor pago às famílias. O objetivo é cobrir integralmente o custo do gás de cozinha.

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Quem tem direito ao Auxílio Gás em junho?

Recebem o Auxílio gás em junho as famílias inscritas no CadÚnico com renda per capita de até meio salário mínimo. Também são incluídas no benefício aquelas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O pagamento não exige solicitação, pois o sistema seleciona automaticamente.

Além disso, o programa prioriza lares comandados por mulheres, principalmente se forem mães solo com filhos pequenos. A seleção usa critérios de vulnerabilidade social. O CPF precisa estar regular e o cadastro atualizado para garantir o pagamento.

Caso a família esteja dentro das regras, o valor é depositado junto com o Bolsa Família, na mesma conta digital. O benefício aparece como uma linha separada no extrato. Quem recebe pelo Caixa Tem pode movimentar o valor normalmente.

Qual o valor do auxílio pago em junho?

O valor do Auxílio gás em junho é de R$ 108 por família, suficiente para cobrir o preço médio do botijão de 13 quilos. Esse valor pode variar nos próximos ciclos, conforme o mercado nacional. A Agência Nacional do Petróleo atualiza os preços a cada mês.

Esse recurso ajuda a reduzir o impacto da inflação no orçamento das famílias de baixa renda. Em muitas casas, o valor recebido garante o gás de cozinha por dois meses. Isso permite usar o dinheiro do Bolsa Família para outras despesas essenciais.

Se o preço do botijão cair, o valor do auxílio também será reajustado. Mesmo assim, o benefício segue cobrindo o custo total, o que alivia o orçamento doméstico. A cobertura integral é um diferencial importante do programa.

Participe do Portal Nacional da Reforma Tributária: Acesse em

Como saber se vou receber o benefício?

Para confirmar o recebimento do Auxílio gás em abril, você pode acessar o aplicativo Caixa Tem ou o app Bolsa Família. Basta entrar com CPF e senha para consultar o extrato de pagamentos. O valor do auxílio aparece de forma separada no detalhamento.

Outra forma de consultar é pelo telefone 111 da Caixa ou pelo site oficial do programa. Quem não tem acesso à internet pode ir ao CRAS e solicitar a informação presencialmente. Os atendentes podem verificar no sistema se o benefício está liberado.

Também é possível receber mensagens no celular, caso o número esteja cadastrado corretamente no CadÚnico. Por isso, manter os dados atualizados evita problemas. Essa atualização pode ser feita diretamente no CRAS.

Calendário de junho do Auxílio Gás

  • NIS Final 1 – 16 de junho
  • NIS Final 2 – 17 de junho
  • NIS Final 3 – 18 de junho
  • NIS Final 4 – 20 de junho
  • NIS Final 5 – 23 de junho
  • NIS Final 6 – 24 de junho
  • NIS Final 7 – 25 de junho
  • NIS Final 8 – 26 de junho
  • NIS Final 9 – 27 de junho
  • NIS Final 0 – 30 de junho

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